O evento traumático causa inicialmente uma reação de choque, agitação, desorientação, tristeza, inabilidade para receber informação importante, expressar raiva ou torpor, podendo durar de uma hora a vários dias.
Segue-se a fase de manifestação de sintomas, que pode durar de duas a quatro semanas. É nesta fase que se manifestam reações de stress agudo desencadeadas pelo evento, como fortes sentimentos de desespero, depressão, impotência e falta de esperança no futuro. Algumas vítimas experimentam sentimentos de culpa ou, por outro lado, irrupções violentas e/ou acusatórias contra potenciais responsáveis.
Na subsequente fase de recuperação, algumas pessoas começarão a recuperar do trauma. Contudo, o evento traumático pode ainda levar algum tempo a ser processado e continua a ter um peso significativo na maneira como a vítima se vê a si própria e ao mundo.
PERTURBAÇÃO DE STRESS PÓS-TRAUMÁTICO
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a Perturbação de Stress Pós-Traumático é definida como
“exposição a um evento ou situação stressante (de curto ou longo prazo) de natureza excecionalmente ameaçadora ou catastrófica, que é passível de causar angustia generalizada a qualquer pessoa.”
Os sintomas-chave da perturbação de stress pós-traumático podem passar pelo reviver do evento traumático, pelo evitar certas situações ou locais passíveis de causar angústia e pelo aumento de irritabilidade. No caso das vítimas de crime poderá ocorrer um comportamento de evitamento particularmente intenso, pois a maior parte das situações são experienciadas como ameaçadoras.
Há um persistente sentimento de medo generalizado e frequentes queixas psicossomáticas, isto é, perturbações físicas com origem em fatores psicológicos.